segunda-feira, 16 de julho de 2012

ASCENDENTE

A vida: seguir estrelas,
presente e futuro
na mesma mão.
Não foi vivo ao céu
achar cometas,
traçar viagens
sem direção?

A vida: por que querê-la?
Um círculo rente
ao sim e ao não...
Desfaz sem esforço
a voz do ingênuo,
que sonha ser prêmio
matar o irmão.

A vida: há, sem saída?
Real como uma estrela
no meu portão.
Seguir é vê-la,
morrer que não.
Real como a briga
é paz fingida,
de nãos sem vigas
de sustentação.

(Ascende no horizonte
com cruzes longes,
exército de formigas,
de mil formigas.

Enquanto gigantes,
reféns aos montes,
são presos em barbantes
ao chão sem vida.)

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